"A liberdade é para a ciência o que o ar é para o animal." Poincaré , Jules "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Einstein , Albert

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Contributo de Thomas Hunt Morgan


Biografia de Thomas Hunt Morgan:



Thomas Hunt Morgan (1866-1945)
Prémio Nobel da Medicina em 1933
Thomas Hunt Morgan (Lexington (Kentucky), 25 de Setembro de 1866 — Pasadena,4 de Dezembro de 1945) foi um zoólogo e geneticista estadunidense.
Trabalhou em história natural, zoologia, e macromutação da Drosophila.
Devido ao seu trabalho, a Drosophila tornou-se um dos principais modelos animais na área da genética. Suas contribuições mais importantes foram para a genética, pelas quais recebeu o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1933, por provar que os cromossomas são portadores de genes.
Morgan recebeu o seu bacharelato da Universidade de Kentucky em 1886 e o seu mestrado em 1888. Recebeu o seu doutoramento da Universidade Johns Hopkins em1890. Ao trabalhar no desenvolvimento embriônico da Drosophila (a mosca da fruta) na Universidade da Colômbia, ele ficou interessado em hereditariedade. As teorias de Gregor Mendel tinham sido recentemente redescobertas por volta de 1900 e Morgan estava interessado em testar essas teorias em              animais.



Trabalhos de Morgan – Hereditariedade ligada ao sexo e Ligação Factorial





Drosophila Melonogaster


Factores que influenciaram a escolha da Drosophila Melanogaster como material experimental:
  • Dimensões reduzidas; 
  • Elevado número de descendentes; 
  • Ciclo de vida muito curto; 
  • Existência de dimorfismo sexual; 
  • Número reduzido de cromossomas; 
  • Diversidade de características controláveis; 
  • Cultura e manipulação em laboratório relativamente fáceis. 
Ligação Factorial ou Linkage:

Quando dois genes estão localizados no mesmo cromossoma, estes não se segregam de forma independente, sendo na maioria das vezes herdados juntos. Desta forma, as proporções mendelianas esperadas não ocorrem, verificando-se uma maior frequência dos fenótipos parentais.
Tal confirma o facto de o número de cromossomas ser inferior ao número de genes, pelo que um só cromossoma teria de conter vários genes.
Mas, sendo assim, porque surgem fenótipos recombinantes num cruzamento-teste?
  • No caso de ocorrer uma ligação absoluta, o que é muito raro, a segregação independente dos caracteres apenas ocorreria para loci em cromossomas diferentes. 
  • Na verdade, pelo facto de o cromossoma ser quebrável, há a possibilidade de ocorrer recombinação dos genes, isto é, genes em loci diferentes no mesmo cromossoma podem separar-se durante a meiose. 
  • Na Prófase I da meiose pode ocorrer crossing-over entre os dois cromossomas homólogos. Estas regiões do cromossoma podem ser trocadas reciprocamente, tornando-se recombinantes. Assim, nem todos os descendentes possuirão os fenótipos parentais, surgindo em seu lugar fenótipos recombinantes
  • As frequências de recombinação são tanto maiores quanto mais afastados estiverem os dois loci, uma vez que tal facilita a separação e recombinação durante a meiose. 


Hereditariedade ligada ao sexo


As fêmeas podem ser heterozigóticas para genes localizados no cromossoma X, contudo, os machos serão sempre homozigótico no que respeita aos genes localizados no cromossoma X, uma vez que só possuem um alelo para estes genes que é sempre expresso.
Cruzamentos recíprocos podem, no caso de a característica estar localizada em cromossomas sexuais, originar resultados diferentes entre machos e fêmeas.

Da análise de árvores genealógicas de fenótipos recessivos ligados ao cromossoma X podemos concluir:
  • O fenótipo surge com muito maior frequência em machos do que em fêmeas, pois estas necessitariam dos dois alelos recessivos; 
  • Um macho com a doença apenas as pode transmitir às suas filhas, pois os filhos recebem o cromossoma Y do pai; 
  • As filhas que recebem um cromossoma X com o alelo para a doença são heterozigóticas portadoras, apresentando-se fenotipicamente normais. Neste caso, podem transmitir a doença à sua descendência; 
  • O fenótipo da doença pode não aparecer em algumas gerações se o cromossoma portador passar do pai para a filha e desta para o seu filho. 
Quando o alelo responsável pela doença se localiza no cromossoma Y todos os filhos de pais com a anomalia apresentam a doença.




Aqui está um video que explica os trabalhos de Morgan, este video encontra-se em inglês (lamento imenso mas não consegui encontrar em português mas acho que este video da para compreender o trabalho de Morgan)



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